Defeitos são mesmo defeitos?
Quem decide o que é perfeito e o que é defeituoso? Sua teimosia já te livrou de tantas situações que poderiam ser evitadas (e foram graças à sua teimosia), sua ansiedade te ajudou a evitar e não entrar em tantas ciladas, não é mesmo? Assim como também já te colocou em algumas (rs).
E quanto ao seu modo intenso de viver e sentir suas emoções? Quantas relações acabam devido ao jeito morno que as emoções são vivenciadas... Não é uma questão de fazer um culto de adoração aos traços que julgam como defeitos, mas aprender que só quem tem o direito de dizer se aquilo é um defejto, ou nao, é você mesmo.
Isso que julgam como defejto te impede de viver uma vida feliz? Ou isso tem lhe causado mais desprazer do que prazer? Se não, então isso não deve ser tratado como defeito.
Isso não é uma questão de propiciar a síndrome de Gabriela (Eu nasci assim, eu vivi assim, eu vou morrer assim), mas tomar consciência de que você não precisa viver em função do julgamento de outros. É ter consciência também de que seus atos possuem consequências e que, muitas vezes, essas consequências sempre aparecem como lição para o seu crescimento.
"Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” (Freud)
Freud já nos alertava sobre os desprazeres de uma vida querendo agradar aos outros, vivendo uma realidade sempre pautada nos julgamentos destes outros. Você não precisa ser um poço de qualidades, seus defeitos são parte de quem você é, sao traços da sua personalidade, que em contato com a personalidade do outro, favorecem um campo fértil para crescimento de ambos. Pois como Jung disse:
“Tudo que nos irrita nos outros pode levar-nos a uma melhor compreensão de nós mesmos.” (C.G. Jung)
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